Sys, vocês já ouviram falar na camisinha feminina? Elas são tão eficazes quanto as “tradicionais” camisinhas masculinas, mas muito menos conhecidas e utilizadas no Brasil.
Elas também são conhecidas como preservativos femininos, ou preservativo interno, já que também pode ser usado em relações sexuais entre pessoas de outros gêneros!
Ela foi criada pelo inventor dinamarquês Lasse Hessel, determinado a diminuir a taxa de transmissão de HIV dentre a população feminina. Aprovada quase 10 anos depois pela agência de fiscalização americana (FDA), tinha de tudo para estourar no mercado e competir diretamente com as camisinhas masculinas, mas infelizmente isso não aconteceu.
Aqui no Brasil vários fatores contribuem com sua baixa circulação, como a pouca disponibilidade dos preservativos femininos em farmácias e postos de saúde, valor até 10 vezes mais caro do que as camisinhas masculinas, falta de divulgação e informação em cursos sobre sexualidade humana (como os que são oferecidos em algumas escolas particulares).
As camisinhas femininas são um método não hormonal de contraceptivos. Isso quer dizer, que ela funciona como uma barreira física e impede que o esperma suba pelo canal vaginal até o útero. Além de impedir gravidez, a camisinha feminina se destaca por proteger seus usuários de ISTs, já que possui uma parte externa que cobre parte da vulva.
Nossa queridinha é uma bolsinha de silicone, leve e frouxa e possui dois anéis também de silicone, como na imagem abaixo.
Utilização:
Para utilizar a camisinha, você deve pinçar levemente com os dedos o anel de silicone da ponta fechada da camisinha e introduzi-lo na vagina ou no anus. ELA NÃO DEVE SER UTILIZADA AO MESMO TEMPO QUE A CAMISINHA MASCULINA! O atrito entre as camisinhas pode causar pequenas fissuras no preservativo causando riscos. Após a transa (ou depois de cada ejaculação masculina) a camisinha deve ser jogada fora ou substituída caso queira continuar).
Dados:
Os preservativos femininos podem ser encontrados de látex e borracha nítrica (para pessoas alérgicas a látex).
Taxa de eficácia:
Pode chegar a 95% (quando utilizada de forma correta e consistente).
Apesar da taxa de eficácia ser um pouco inferior se comparadas às camisinhas masculinas (98%), é essencial destacar que a camisinha feminina é o único método contraceptivo que também protege de ISTs que pode ficar inteiramente sob controle da mulher. Ela pode ir ao banheiro enquanto @ crush coloca uma música e já voltar com a camisinha feminina pronta para o uso. Essa simples facilidade diminui significativamente os riscos de mulheres durante as relações sexuais com homens, como por exemplo, a segurança de que a camisinha não será tirada no meio do sexo sem que ela perceba.
Referências:
Anny Peters, Willy Jansen & Francien van Driel (Assistant Professor of Development Studies Professor of Gender Studies and Director PhD candidate) (2010) The female
condom: the international denial of a strong potential, Reproductive Health Matters, 18:35, 119-128, DOI: 10.1016/S0968-8080(10)35499-1 The female condom: the international denial of a strong potential < https://doi.org/10.1016/S0968-8080(10)35499-
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